Nome: Divulgado somente as iniciais D.F
Conhecido Como: O Maníaco da Cruz
Idade: 16 Anos na época (Hoje tem 19 anos)
Acusação: Homicídio doloso
Vítimas: 3
Pena: 3 Anos
Local: Rio Brilhante, Mato Grosso do Sul. Brasil
Período: 24 de Julho de 2008 a 06 de Outubro de 2008
Situação: Internado
Rio Brilhante, Mato Grosso do Sul. Madrugada de 25 de Setembro de 2008
Conhecido Como: O Maníaco da Cruz
Idade: 16 Anos na época (Hoje tem 19 anos)
Acusação: Homicídio doloso
Vítimas: 3
Pena: 3 Anos
Local: Rio Brilhante, Mato Grosso do Sul. Brasil
Período: 24 de Julho de 2008 a 06 de Outubro de 2008
Situação: Internado
Rio Brilhante, Mato Grosso do Sul. Madrugada de 25 de Setembro de 2008
Duas adolescentes menores de idade curtem um show da dupla sertaneja Maria Cecília e Rodolfo na cidade de Rio Brilhante, Mato Grosso do sul. O show fazia parte das comemorações do aniversário da cidade. Uma delas, conhecida como Carla, de 17 anos, decide ir embora. Tenta ligar para sua mãe mas os créditos do seu celular haviam acabado. Ela resolve ir a um orelhão. Faz contato com sua mãe e pede para que a mesma ou outro conhecido venha buscá-la para ir embora. Sua mãe tenta pedir um Taxi mas não consegue, por fim pede a um conhecido da família que vá buscar a filha. A mãe de Carla liga para sua filha para comunicar: a essa hora, Carla já não atende mais o telefone.
Carla aguardava o retorno da ligação de sua mãe quando uma figura meio grotesca, meio sinistra, apareçe em sua frente: um homem vestindo roupas e capas pretas, usando um cordão com um pentagrama e com os olhos, unhas e lábios pintados de preto. E o pior: portando uma faca.
Sem dizer muitas palavras o homem aproxima-se e diz: “Vai andando vadia”. Caminharam por vários minutos entre as ruas da pequena cidade de Rio Brilhante. Enquanto caminhavam, o estranho homem a todo momento falava que a libertaria dos seus pecados e que a enviaria para o céu. Por fim acharam uma casa em construção. Foi aí que começou “A Entrevista”.
A Entrevista
Estranho: Você acredita em Deus ?
Carla: Sim
Estranho: Você é virgem ?
Carla: Sim
Estranho: Quantos namorados já teve ?
Carla: Nenhum
Estranho: Qual sua opção sexual ?
Carla: Sou heterossexual
Enquanto era “entrevistada” pelo estranho homem, o celular de Carla não parava de tocar, era sua mãe, desesperada em busca de informações sobre a filha. Em dado momento o estranho disse:
“Você deve ser amada por sua família”.
“Sim, muito” respondeu Carla.
Depois de mais de duas horas de “entrevista” o estranho homem disse:
“Você é realmente ingênua. Saí para matar uma vadia e encontrei você. Você está livre.”
“Você é realmente ingênua. Saí para matar uma vadia e encontrei você. Você está livre.”
Rio Brilhante, Mato Grosso do Sul. 08 de Outubro de 2008
Anoitece em Rio Brilhante, Mato Grosso do Sul. Os moradores da pequena cidade de 27 mil habitantes estão apavorados. As ruas da cidade estão todas desertas, ninguém ousa sair de casa. O motivo de tanto terror veio 2 dias antes: o corpo de uma adolescente de 13 anos foi encontrado em uma construção na Rua Manoel Bento, no Conjunto Por do Sol em Rio Brilhante. O corpo estava posicionado em forma de “crucificação“, com os pés cruzados e os braços abertos. Esse já era o terceiro crime com as mesmas características ocorrido nos últimos meses na cidade.
A população estava com medo e a polícia não tinha dúvidas: havia um serial-killer a solta.
Anoitece em Rio Brilhante, Mato Grosso do Sul. Os moradores da pequena cidade de 27 mil habitantes estão apavorados. As ruas da cidade estão todas desertas, ninguém ousa sair de casa. O motivo de tanto terror veio 2 dias antes: o corpo de uma adolescente de 13 anos foi encontrado em uma construção na Rua Manoel Bento, no Conjunto Por do Sol em Rio Brilhante. O corpo estava posicionado em forma de “crucificação“, com os pés cruzados e os braços abertos. Esse já era o terceiro crime com as mesmas características ocorrido nos últimos meses na cidade.
A população estava com medo e a polícia não tinha dúvidas: havia um serial-killer a solta.
24 de Julho de 2008 – O Primeiro Crime
O pedreiro Catalino Cardena, de 33 anos é encontrado morto em um terreno baldio na Rua Mohamed Ali, no centro da cidade. Segundo a perícia ele foi morto com uma facada no coração e enforcado com um saco de lixo. Em seu peito, foi escrito à faca a palavra “INRI” que significa Jesus Nazareno, Rei dos Judeus.
Exatamente um mês depois, Letícia Neves de Oliveira, 22 anos, sai de casa a noite e diz que vai encontrar com amigos. Ela não voltou mais. Seu corpo foi encontrado a apenas 40 metros de sua casa, dentro do cemitério São Cristóvão. A cena deixou os moradores e policiais da cidade assustados: Letícia estava despida, deitada em cima de um túmulo com os braços abertos e as pernas juntas com os pés cruzados, como se tivesse sido crucificada. O legista atestou como causa da morte asfixia causada por esganadura.
Essas mortes por si só já poderiam causar estranheza e indicar que havia um assassino em série na cidade. A causa da morte, porém, reforça a tese de que realmente as mortes foram causadas por um serial-killer.
“A pena capital de crucificar condenados, na antiguidade, é notadamente uma forma cruel de matar por asfixia, já que a pessoa colocada em pé e com os braços abertos em posição de 180 graus impede, ao longo de um determinado período, que a pessoa continue respirando. Ela morre por asfixia.”
O assassino seguia um ritual e era inteligente. Ele sabia que pessoas crucificadas morriam por asfixia, por isso matava as suas vítimas esganadas.
24 de Agosto de 2008 – O terceiro crime ?
As mortes e a forma como os crimes aconteceram assustam os moradores de Rio Brilhante, apesar da polícia ainda não admitir a ação de um serial-killer, para a população, isso tudo era obra do mesmo assassino. Com medo de que o serial-killer seguisse o padrão: (matar no dia 24 de cada mês), pais não deixavam suas filhas irem as aulas, comércios fechando antes do horário, ruas, praças e calçadas desertas. Ninguém ousa sair de casa. Um show, porém, aconteceria naquela noite. O show de uma dupla sertaneja foi um fracasso de público, mas alguns arriscaram, como uma estudante de nome Carla.
“Isso aqui é um filme de terror. O suspeito pode estar no meio da gente, do nosso lado e nós não vemos”, disse na época a estudante Tatiane Ferreira, 18 anos. Uma das poucas a comparecerem em sala de aula.
“O pessoal fica com medo, só fala disso agora, parece filme de americano, teve até funcionário pedindo para não trabalhar a noite, tem que achar logo esse maníaco”, declarou à imprensa na época o morador José Antônio, dono de ume estabelecimento comercial.
“Aqui tá todo mundo com medo, para você ter uma idéia, no dia 24 de setembro, o pessoal ficou com medo de sair de casa, acabou não acontecendo nada, parece que o assassino mudou de idéia”. Disse na época a moradora Izabel Dias, de 50 anos.
Mas o que a moradora não sabia era que o assassino tinha pego uma nova vítima, mas não a matou, porque ela “passou na entrevista.”
Boato
Como em toda cidade pequena, os boatos pipocaram depois das 2 mortes. Bilhetes foram encontrados ao lado das vítimas. Não demorou para que corresse um boato na cidade de que o bilhete continha o nome de 7 pessoas a serem mortas. “A lista do diabo”, diziam. Boato que não foi (logicamente) confirmado pela polícia.
A Investigação
A polícia não tem nenhuma pista dos assassinatos, nenhum suspeito e nenhuma evidência física. A principal linha de investigação era a ação de uma Seita Satânica. Porém, sem experiência nesse tipo de crime e com a pressão da população e da imprensa aumentando, a Polícia Civil de Rio Brilhante pede ajuda à Polícia Regional. O delegado, Nazi El Kadri, junta forças com policiais do Serviço de Investigação Geral (SIG) do município vizinho de Dourados. Os crimes, batizados de “Crimes da Cruz”, ganham as manchetes do Brasil.
A polícia investigava o caso quando o terceiro corpo apareceu. Gleice Kelly da Silva, 13 anos, foi encontrada morta em uma casa em construção na Rua Manoel Bento, no Conjunto Por do Sol no dia 07 de outubro de 2008. No local do crime foram encontradas algumas cruzes e um bilhete com letras soltas. Uma das palavras que as letras formavam era INFERNO.
A descoberta do corpo da jovem Gleice Kelly deixou a cidade em choque e a polícia pressionada.
Mas o que a polícia não sabia era que a prisão do Maníaco seria muito mais fácil do que eles imaginavam e viria de uma pista muito menos inimaginável ainda: O ORKUT.
Página de recados do Perfil na Rede de Relacionamentos Orkut de Gleice Kelly
Após verem esse comentário na página de recados do Perfil no ORKUT de Gleice Kelly, a polícia começou a investigar o usuário DOG HELL 666. Perceberam que o usuário era gótico . Em seu álbum de fotos, várias fotos em cemitério e simulações de rituais satânicos.
O usuário DOG HELL 666. Na foto ele está sentado em cima de um túmulo no cemitério da cidade de Rio Brilhante.
Outra foto do suspeito no cemitério
Em outra foto do seu perfil no Orkut, o usuário DOG HELL 666 simula um ritual Satânico
Outra foto do usuário DOG HELL 666 em seu Álbum no Orkut
Essas mortes por si só já poderiam causar estranheza e indicar que havia um assassino em série na cidade. A causa da morte, porém, reforça a tese de que realmente as mortes foram causadas por um serial-killer.
“A pena capital de crucificar condenados, na antiguidade, é notadamente uma forma cruel de matar por asfixia, já que a pessoa colocada em pé e com os braços abertos em posição de 180 graus impede, ao longo de um determinado período, que a pessoa continue respirando. Ela morre por asfixia.”
O assassino seguia um ritual e era inteligente. Ele sabia que pessoas crucificadas morriam por asfixia, por isso matava as suas vítimas esganadas.
24 de Agosto de 2008 – O terceiro crime ?
As mortes e a forma como os crimes aconteceram assustam os moradores de Rio Brilhante, apesar da polícia ainda não admitir a ação de um serial-killer, para a população, isso tudo era obra do mesmo assassino. Com medo de que o serial-killer seguisse o padrão: (matar no dia 24 de cada mês), pais não deixavam suas filhas irem as aulas, comércios fechando antes do horário, ruas, praças e calçadas desertas. Ninguém ousa sair de casa. Um show, porém, aconteceria naquela noite. O show de uma dupla sertaneja foi um fracasso de público, mas alguns arriscaram, como uma estudante de nome Carla.
“Isso aqui é um filme de terror. O suspeito pode estar no meio da gente, do nosso lado e nós não vemos”, disse na época a estudante Tatiane Ferreira, 18 anos. Uma das poucas a comparecerem em sala de aula.
“O pessoal fica com medo, só fala disso agora, parece filme de americano, teve até funcionário pedindo para não trabalhar a noite, tem que achar logo esse maníaco”, declarou à imprensa na época o morador José Antônio, dono de ume estabelecimento comercial.
“Aqui tá todo mundo com medo, para você ter uma idéia, no dia 24 de setembro, o pessoal ficou com medo de sair de casa, acabou não acontecendo nada, parece que o assassino mudou de idéia”. Disse na época a moradora Izabel Dias, de 50 anos.
Mas o que a moradora não sabia era que o assassino tinha pego uma nova vítima, mas não a matou, porque ela “passou na entrevista.”
Boato
Como em toda cidade pequena, os boatos pipocaram depois das 2 mortes. Bilhetes foram encontrados ao lado das vítimas. Não demorou para que corresse um boato na cidade de que o bilhete continha o nome de 7 pessoas a serem mortas. “A lista do diabo”, diziam. Boato que não foi (logicamente) confirmado pela polícia.
A Investigação
A polícia não tem nenhuma pista dos assassinatos, nenhum suspeito e nenhuma evidência física. A principal linha de investigação era a ação de uma Seita Satânica. Porém, sem experiência nesse tipo de crime e com a pressão da população e da imprensa aumentando, a Polícia Civil de Rio Brilhante pede ajuda à Polícia Regional. O delegado, Nazi El Kadri, junta forças com policiais do Serviço de Investigação Geral (SIG) do município vizinho de Dourados. Os crimes, batizados de “Crimes da Cruz”, ganham as manchetes do Brasil.
A polícia investigava o caso quando o terceiro corpo apareceu. Gleice Kelly da Silva, 13 anos, foi encontrada morta em uma casa em construção na Rua Manoel Bento, no Conjunto Por do Sol no dia 07 de outubro de 2008. No local do crime foram encontradas algumas cruzes e um bilhete com letras soltas. Uma das palavras que as letras formavam era INFERNO.
A descoberta do corpo da jovem Gleice Kelly deixou a cidade em choque e a polícia pressionada.
Mas o que a polícia não sabia era que a prisão do Maníaco seria muito mais fácil do que eles imaginavam e viria de uma pista muito menos inimaginável ainda: O ORKUT.
Página de recados do Perfil na Rede de Relacionamentos Orkut de Gleice Kelly
Após verem esse comentário na página de recados do Perfil no ORKUT de Gleice Kelly, a polícia começou a investigar o usuário DOG HELL 666. Perceberam que o usuário era gótico . Em seu álbum de fotos, várias fotos em cemitério e simulações de rituais satânicos.
O usuário DOG HELL 666. Na foto ele está sentado em cima de um túmulo no cemitério da cidade de Rio Brilhante.
Outra foto do suspeito no cemitério
Em outra foto do seu perfil no Orkut, o usuário DOG HELL 666 simula um ritual Satânico
Outra foto do usuário DOG HELL 666 em seu Álbum no Orkut
Algumas comunidades do suspeito chamaram a atenção da polícia:
Eu odeio sol
Eu adoro cadáveres
Necrofilia
Eu LAMBO meu sangue
Cemitério minha segunda casa
Um soco vale + q 1000 palavras
Morte às góticas vadias
Sorrir deforma o rosto
Eu não tenho medo do seu Deus
Essas pistas foram importantes mas não eram suficientes. Deveria ter algo mais concreto. O sigilo telefônico de Gleice Kelly foi quebrado e a polícia descobriu que um número desconhecido de celular ligava para o número dela mesmo após a sua morte. Ao investigar, descobriu-se que o número era de um menor de 16 anos da cidade. E como suspeitava a polícia, o menor era o usuário DOG HELL 666 que estava insultando os amigos de Gleice Kelly noORKUT.
As 02:00 horas da madrugada do dia 09 de outubro, o menor foi apreendido em sua casa. Em seu quarto a polícia encontrou:
canivete sujo de sangue (usado para marcar o peito da primeira vítima),
a blusa e o celular de Gleice Kelly,
pulseiras de Letícia de Oliveira,
recortes de jornais com reportagens sobre o caso,
um poster do Maníaco do Parque
revistas pornográficas
Lista das Vítimas escritas em um papel Encontrada na Casa do Maníaco da Cruz
O menor D.F, de 16 anos, conhecido como "Maníaco da Cruz" é transferido por medida de segurança.
O Maníaco da Cruz
A frieza do adolescente deixou os policiais boquiabertos. O menor não demonstrava remorso e dizia que planejava matar novamente.
Segundo o menor, ele matava as vítimas porque elas acreditavam em Deus mas não viviam conforme seus ensinamentos divinos. Catalino morreu porque era alcôolatra e homossexual. Letícia porque supostamente era homossexual e Gleice por ser usuária de drogas. Colocava as vítimas em posição de crucificação para que elas “encontrassem o seu Deus”, segundo ele, nessa posição, a “salvação viria logo”.
A investigação da polícia concluiu que o adolescente era líder de um grupo que frequentava cemitérios e adorava a imagem de Satã. Outros 5 menores foram indiciados por participação indireta nos crimes: Eles sabiam que D.F. havia matado mas não contaram nada à polícia por respeito ao “Líder“. Uma namorada virtual do Maníaco da Cruz, de nome Daniela de Umuarama, Paraná também foi investigada. Através de mensagens no ORKUT, o Maníaco havia dito a ela que ele havia matado as 3 pessoas. Em sua página no ORKUT ela colocou uma foto dele com a legenda“amorsinhooooooooooo” e a outra “amoooooooooooo vc pra sempre!!!!!”
Foto de D.F. no álbum de sua namorada virtual do Paraná, de nome Dany
Modus Operandi
O Maníaco da Cruz saía à caça durante a noite. Aleatoriamente rendia com uma faca a primeira pessoa que aparecesse na sua frente (de preferência mulheres). As obrigavam a seguí-lo até encontrar um local deserto, normalmente um cemitério, lotes baldios ou construções.
O Ritual
O Maníaco da Cruz fazia uma entrevista com a vítima e de acordo com suas respostas, ele decidia se ela deveria ou não morrer. Se ele considerasse a pessoa “impura” ele a asfixiava gritando: “E agora ? Você acredita no seu Deus ?” Colocava o ouvido no peito da vítima para assegurar que o seu coração havia parado de bater então colocava os corpos em posição de crucificação.
Análise Psicológica
Um laudo psicológico feito na época atestou o adolescente como normal, não tendo nenhum tipo de distúrbio mental.
Um outro teste foi feito a pedido do Ministério Público, o Rorschach, um teste psicológico mais detalhado, método de psicodiagnóstico para analisar traços de personalidade e até pensamentos inconscientes.
Mais uma vez o menor foi considerado normal mas de extrema periculosidade, podendo matar novamente se for solto.
O promotor da Infância e Juventude, Juliano Albuquerque, denunciou o jovem por homicídio doloso, aquele em que houve a intenção de matar. Por ser menor de idade, o adolescente foi recolhido para a Unidade Educacional de Ibtenação (UNEI). Segundo o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), o menor deverá ficar internado por, no máximo, 3 anos. Segundo o artigo 121, em hipótese alguma esse prazo deverá ser excedido.
O prazo termina em outubro desse ano. O caso está nas mãos da juízaLarissa Castilho da Silva Farias, da 1ª Vara Cível de Ponta Porã. Ela que decidirá se o jovem continua internado ou se obterá a liberdade.
Os Anos Internado
O menor sempre teve comportamento exemplar na Unidade. Em dezembro de 2008 foi agredido por um companheiro de cela, levou 6 pontos na cabeça.
“Se tivesse todos (internos) como ele, seria uma maravilha. Não daria alteração”, ressalta o diretor Paulo César Vilaverde Torraca. Paulo explica que o jovem fica em alojamento separado apenas devido ao tratamento psicológico que faz.
Segundo o diretor, o rapaz faz todas as atividades que devem ser feitas em conjunto com os outros internos. O diretor enfatiza que o jovem é bom e calado. “Fica sempre na dele”.
Os familiares do Maníaco da Cruz o visitam uma vez por mês vê. Conforme o diretor, a mãe, o padrasto e uma tia vão frequentemente à Unei para ver o jovem.
Carla, a Única Que Passou Pela “Entrevista”
Com uma jaqueta da Polícia cobrindo o rosto, a adolescente Carla (17 anos na época) conta para a imprensa como escapou do Maníaco da Cruz
“Não demonstrei medo, não entrei em pânico e deixei ele falar. Durante todo o momento achei que não sairia viva”, contou Carla.
Ao ser entrevistada, Carla inteligentemente percebeu o que se passava na cabeça alienada do Maníaco. Respondeu a todas as suas perguntas de forma a não contrariá-lo.
O jornalista Paulo Lopes conta em seu blog que a primeira pergunta que D.F. fez foi se ela acreditava em Deus. Ela disse que sim e devolveu a pergunta, numa tentativa de estabelecer um diálogo amigável: “E você, acredita em Deus?”. Ele disse que não. O rapaz também quis saber se ela era virgem e a resposta foi sim. Perguntou várias vezes se ela tinha namorado e Carla sempre respondeu que não. Ela perguntou o mesmo para o rapaz e ele disse: “Você acha que alguém namoraria comigo?”. Ela:“Acho que sim”. A esperteza de demonstrar interesse por ele parece que funcionou.
Segundo o menor, ele matava as vítimas porque elas acreditavam em Deus mas não viviam conforme seus ensinamentos divinos. Catalino morreu porque era alcôolatra e homossexual. Letícia porque supostamente era homossexual e Gleice por ser usuária de drogas. Colocava as vítimas em posição de crucificação para que elas “encontrassem o seu Deus”, segundo ele, nessa posição, a “salvação viria logo”.
A investigação da polícia concluiu que o adolescente era líder de um grupo que frequentava cemitérios e adorava a imagem de Satã. Outros 5 menores foram indiciados por participação indireta nos crimes: Eles sabiam que D.F. havia matado mas não contaram nada à polícia por respeito ao “Líder“. Uma namorada virtual do Maníaco da Cruz, de nome Daniela de Umuarama, Paraná também foi investigada. Através de mensagens no ORKUT, o Maníaco havia dito a ela que ele havia matado as 3 pessoas. Em sua página no ORKUT ela colocou uma foto dele com a legenda“amorsinhooooooooooo” e a outra “amoooooooooooo vc pra sempre!!!!!”
Foto de D.F. no álbum de sua namorada virtual do Paraná, de nome Dany
Modus Operandi
O Maníaco da Cruz saía à caça durante a noite. Aleatoriamente rendia com uma faca a primeira pessoa que aparecesse na sua frente (de preferência mulheres). As obrigavam a seguí-lo até encontrar um local deserto, normalmente um cemitério, lotes baldios ou construções.
O Ritual
O Maníaco da Cruz fazia uma entrevista com a vítima e de acordo com suas respostas, ele decidia se ela deveria ou não morrer. Se ele considerasse a pessoa “impura” ele a asfixiava gritando: “E agora ? Você acredita no seu Deus ?” Colocava o ouvido no peito da vítima para assegurar que o seu coração havia parado de bater então colocava os corpos em posição de crucificação.
Análise Psicológica
Um laudo psicológico feito na época atestou o adolescente como normal, não tendo nenhum tipo de distúrbio mental.
Um outro teste foi feito a pedido do Ministério Público, o Rorschach, um teste psicológico mais detalhado, método de psicodiagnóstico para analisar traços de personalidade e até pensamentos inconscientes.
Mais uma vez o menor foi considerado normal mas de extrema periculosidade, podendo matar novamente se for solto.
O promotor da Infância e Juventude, Juliano Albuquerque, denunciou o jovem por homicídio doloso, aquele em que houve a intenção de matar. Por ser menor de idade, o adolescente foi recolhido para a Unidade Educacional de Ibtenação (UNEI). Segundo o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), o menor deverá ficar internado por, no máximo, 3 anos. Segundo o artigo 121, em hipótese alguma esse prazo deverá ser excedido.
O prazo termina em outubro desse ano. O caso está nas mãos da juízaLarissa Castilho da Silva Farias, da 1ª Vara Cível de Ponta Porã. Ela que decidirá se o jovem continua internado ou se obterá a liberdade.
Os Anos Internado
O menor sempre teve comportamento exemplar na Unidade. Em dezembro de 2008 foi agredido por um companheiro de cela, levou 6 pontos na cabeça.
“Se tivesse todos (internos) como ele, seria uma maravilha. Não daria alteração”, ressalta o diretor Paulo César Vilaverde Torraca. Paulo explica que o jovem fica em alojamento separado apenas devido ao tratamento psicológico que faz.
Segundo o diretor, o rapaz faz todas as atividades que devem ser feitas em conjunto com os outros internos. O diretor enfatiza que o jovem é bom e calado. “Fica sempre na dele”.
Os familiares do Maníaco da Cruz o visitam uma vez por mês vê. Conforme o diretor, a mãe, o padrasto e uma tia vão frequentemente à Unei para ver o jovem.
Carla, a Única Que Passou Pela “Entrevista”
Com uma jaqueta da Polícia cobrindo o rosto, a adolescente Carla (17 anos na época) conta para a imprensa como escapou do Maníaco da Cruz
“Não demonstrei medo, não entrei em pânico e deixei ele falar. Durante todo o momento achei que não sairia viva”, contou Carla.
Ao ser entrevistada, Carla inteligentemente percebeu o que se passava na cabeça alienada do Maníaco. Respondeu a todas as suas perguntas de forma a não contrariá-lo.
O jornalista Paulo Lopes conta em seu blog que a primeira pergunta que D.F. fez foi se ela acreditava em Deus. Ela disse que sim e devolveu a pergunta, numa tentativa de estabelecer um diálogo amigável: “E você, acredita em Deus?”. Ele disse que não. O rapaz também quis saber se ela era virgem e a resposta foi sim. Perguntou várias vezes se ela tinha namorado e Carla sempre respondeu que não. Ela perguntou o mesmo para o rapaz e ele disse: “Você acha que alguém namoraria comigo?”. Ela:“Acho que sim”. A esperteza de demonstrar interesse por ele parece que funcionou.
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