Divulgando aqui a "Banda Carapuça", e seu novo clipe "Boy Maloqueiro"
o Clipe faz uma crítica aos "pseudo-playboys" e "pseudo-skatistas" da atualidade... vale a pena conferir.
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José Brito da Silva Júnior
Dedicado ao meu pai, José Brito da Silva. O Melhor pai do mundo!

I
Existem coisas que o homem nunca será capaz de compreender. Coisas que povoam nossos pesadelos e que de alguma forma rastejam para o mundo real com suas formas doentias. Algumas se escondem em porões escuros e húmidos. Outras habitam esquinas esquecidas, porém algumas se escondem no coração humano. E quando um coração torna-se o lar de uma dessas criaturas, acredite, pouco ainda resta de humano na vitima.
Quando Joaquim recebeu a noticia de que seu pai havia falecido deu logo um jeito de conseguir uma licença no trabalho. Despediu-se da esposa e exatamente a seis da tarde do mesmo dia já estava abordo do ônibus que o levaria de volta a sua terra natal. Enquanto o veiculo corria macio pela estrada que o levaria a cidade de suas mais alegres lembranças, ele tentava focalizar imagens de seu pai e sentia vergonha de si mesmo por permitir que o dia a dia as tivessem quase apagado da memoria. Ele amava seu pai, mais do que amou qualquer pessoa em sua vida, e por isso seu coração estava tão tomado pelo remorso.
Ele gostaria de nunca ter abandonado sua terra natal, porém a seca e a pobreza o obrigaram a procurar novos horizontes. Com a benção do velho pai e um punhado de roupas ele pegou esse mesmo ônibus em busca da felicidade a 15 anos atrás. Por um breve momento, olhando a paisagem através da janela, pensou ter visto um estranho vulto que o observava ao lado de uma daquelas cruzes de beira de estrada que servem para assinalar o local de um grave acidente. Sentiu um estranho calafrio, porém o cansaço o obrigou a deixar de lado aquele estranho incidente, e então dormiu vindo a despertar somente quando o ônibus já se preparava para estacionar na pequena rodoviária da sua terra natal.
Ao descer do ônibus foi abordado por uma mulher muito atraente. Ela sorriu e se ofereceu para ajuda-lo a carregar suas malas. Fascinado pelo corpo maravilhoso daquela ruiva provocante toda vestida de preto. Joaquim esqueceu até de perguntar o seu nome.
- É impossível me enganar, você é a cara do seu pai. – Disse a mulher em tom zombeteiro.
- Ora, desculpe meu jeito atrapalhado, me chamo Joaquim dos Santos.
- Tudo bem, meu nome e Beatriz Rocha e eu sou a sua madrasta.
Aquela revelação o pegou tão de surpresa que não conseguiu conter uma risadinha. Mesmo tendo uns setenta anos o velho ainda sabia aproveitar muito bem as boas coisas da vida. E essa moça não devia ter mais que 25 anos e era tão atraente que ele mesmo já sentia uma vontade doida de jogar ela ali, mesmo naquele chão sujo, e a violar com força. Meio contrariada Beatriz disse:
- Eu sei sou muito jovem e o que importa? Tudo que posso dizer e que seu pai era ótimo na cama e me fazia gozar como louca!
- Ah sim, isso é muito bom, eu acho. – Concordou meio constrangido.
- Agora deixe de demora moço, o Baltazar esta esperando a gente no carro e vamos logo que o enterro já é daqui a pouco!
O “carro” era uma carroça, puxada por um cavalo magricela, e guiado por outro que provavelmente deveria ser o tal do Baltazar. Era de fato um veiculo digno daquela “cidade” de apenas três ruas e uma praça no centro. Enquanto se dirigiam para o local do enterro, Joaquim observava a paisagem ao seu redor. Homens cansados do trabalho na lavoura passeavam em grupo contado piadas e rindo alto. Senhoras liam bíblias sentadas em cadeiras de balanço na frente de suas casas e algumas crianças brincavam com uma bola improvisada no meio da rua. Era exatamente tudo igual ao que ele lembrava. Vilarejos cresciam muito devagar.
- Vocês deviam ser muito próximos.
- Como é? – perguntou Joaquim como se tivesse acabado de despertar de um transe.
- O João não parava de falar em você e em como eu ia adorar conhece-lo. Eu confesso que você é bem mais atraente ao vivo do que nas historias que ele contava. – Beatriz terminou a frase com um sorriso zombeteiro e uma piscadela tão provocante que fez o pobre rapaz engolir em seco.
- Mas como ele morreu?
- Foi muito estranho. Veja, seu pai tinha a mania de ficar horas e horas sentado numa cadeira de balanço, com um livro nas mãos, lá na varanda. Então há duas noites quando sai do banho me dei conta que já passavam das oito horas e ele continuava lá fora. Fiquei preocupada e decidi chama-lo para entrar, mas ele não respondia. Quando fui vê-lo, parecia uma estatua sentado naquela cadeira, e sua expressão... Meu deus.
Beatriz foi interrompida pela freada brusca da carroça, haviam chegado ao cemitério. E, enquanto descia, a palavra estranho não conseguia sair da cabeça dele.
Havia muitas pessoas presentes no velório algumas ele conhecia de muitos anos e a maioria lhe era estranha. Quando o caixão terminou de ser decido no buraco onde passaria a eternidade, o padre começou o discurso de adeus em honra a um cidadão tão bem visto quanto era seu pai. Entretanto, Joaquim não conseguia se concentrar, por que entre as lagrimas e as tristezas um estranho vulto chamou a sua atenção.
A alguns metros de distancia, um homem vestido com uma longa capa negra e um chapéu da mesma cor, observava com vivo interesse todo o funeral. Havia algo naquele estranho que perturbava profundamente o rapaz, e este decidido a descobrir o porquê, retirou-se de mansinho da multidão, sob o olhar atento de Beatriz, e foi ao encontro do vulto. O estranho percebendo que fora descoberto, rapidamente se pôs a caminhar para longe, por entre as tumbas.

O homem, mesmo andando a passos curtos, andava com uma rapidez impressionante obrigando Joaquim a apertar ainda mais o passo. Quando estava perto de se aproximar do homem, este desapareceu atrás de duas grandes arvores quase na entrada dos fundos do cemitério. Desapareceu como se nunca estivesse estado ali. Joaquim estava confuso. Procurou entre as arvores e olhou toda a extensão do cemitério, que não era muito grande, e tudo que viu foi os convidados começarem a se retirar, pois os ritos haviam acabado.
Sentiu novamente aquele estranho calafrio e um medo ancestral dominou todo o seu ser obrigando-o a encostar-se a uma das arvores. Suava frio e não entendia o motivo, apesar de ser bastante estranho o fato do homem simplesmente sumir no ar. Para alguém com aquela estatura, (o vulto parecia ter quase dois metros) seria impossível se esconder num local onde o maior arbusto batia na altura dos joelhos.
- Que houve? – 
Joaquim tomou um susto tão grande que caiu de joelhos na terra sujando seu jeans. Olhou em direção da voz e viu Beatriz, os olhos ainda vermelhos de chorar e uma expressão confusa no rosto.
- Ah nada não, pensei ter visto alguém. – Respondeu desconcertado, levantando e recuperando o folego.
- Alguém? Provavelmente você deve estar vendo coisas, está muito quente e o calor faz isso com a gente. Venha vamos para casa!
Os dois saíram de mãos dadas do cemitério e encontraram um Baltazar impaciente esperando ao lado da carroça. Durante todo o trajeto em direção à fazenda do falecido não trocaram nenhuma palavra sequer. Joaquim ainda estava mergulhado
em dor e se não bastasse isso, a figura impressionante do homem de chapéu e capa negros ainda estava vivo em sua memoria, como a figura de um horrível pesadelo.
II
A fazenda do seu pai não era grande, parecia mais uma chácara, mas ali Joaquim passou os melhores momentos de sua vida. Desceram da carroça e carregaram as malas para dentro da casa enquanto Baltazar, de mau humor, foi cuidar dos seus afazeres. A casa, agora muito diferente da casa de sua infância, era um sobrado humilde mais imponente e na varanda havia uma cadeira de balanço sofisticada. Joaquim ficou um minuto parado ali na soleira da porta, com malas em punho, imaginando ver seu pai balançando na cadeira, lendo um romance de Vitor Hugo que era seu autor favorito. A lembrança arrancou uma lagrima de tristeza dele.
- Venha, vou preparar um cuscuz com café que tal? – 
Beatriz gritou lá de dentro da casa.
“Eu sinto um orgulho danado de ser seu filho pai, vai com Deus.” Este foi o ultimo pensamento de Joaquim antes de entrar na casa.
O dia não foi dos piores, porém também não foi muito agradável. Os dois foram dormir cedo, quando a noite já estendia seu manto sobre a terra e um agradável ar frio envolvia a tudo e a todos. Porém os sonhos de Joaquim não seriam assim tão agradáveis.
Estava em um corredor estreito e penumbroso. Tudo que podia ver a sua frente era uma luz brilhante que parecia estar a quilômetros de distancia e atrás dele uma escuridão que o perseguia. Quanto mais ele avançava em sua corrida, mais ela também avançava ameaçadora. Ele corria e tinha medo. Um medo que crescia em ritmo frenético. Ele sabia que alguém o perseguia, por vezes podia ate ouvir sussurros, mas não compreendia quem era e nem o por que. Ele apenas fugia.

“Não tem onde se esconder garoto, você faz parte disso, é o seu destino!”
Apavorado ele engolia em seco enquanto suas pernas ardiam sob o peso do esforço, mas a luz estava logo ali, ele conseguiria escapar não conseguiria? Súbito, começou a ouvir o ruído de inúmeros tambores sendo batucados e um hino blasfemo:
Vem é o Exu Caveira!
Com fogo forte marcou o meu destino!
Foi a maldade que você faz comigo!
“Deus, oh meu deus eu preciso sair daqui, eu preciso mesmo sair daqui!”
Suas pernas reclamavam do esforço, mas ele não podia desistir. Os tambores estavam atrás dele, a escuridão o caçava malévola e o homem estava quase tocando o seu ombro.
“Você tem que cumprir a vingança, o morto clama pelo sangue!”
Vem é o Exu Caveira!
Com fogo forte marcou o meu destino!
Foi a maldade que você fez comigo!
“Não!”
Como ultimo recurso antes de cair sem folego no chão, Joaquim se virou bruscamente pronto para lutar contra o seu perseguidor, porém ele não estava lá. A escuridão também não estava lá e o som maldito dos tambores era apenas uma lembrança distante. Ele estava no cemitério novamente.
Estavam todos lá, inclusive ele mesmo, velando o corpo do seu finado pai. Confuso e assustado com a sua própria visão entre os outros sem rosto que choravam, decidiu examinar o caixão. Estava tudo como tinha estado durante a tarde, exceto que, para seu horror, não havia um corpo dentro do caixão e sim um livro. Debruçou-se sobre o caixão para examinar o estranho livro. Era um volume grosso, encadernado com um estranho material que lembrava couro e tinha gravado na capa o titulo, “O livro de São Cipriano.” Após ler o titulo soltou imediatamente o livro que caiu com um baque surdo dentro do caixão que foi colocado dentro da terra como que por magica, pois ninguém o estava baixando.

“É somente um pesadelo, quando acordar eu vou rir disso.”
Olhou novamente para os convidados e agora eram todos estatuas de mármore negro. Sem expressão e sem vida. Caminhou entre elas e reconheceu a sua expressão de espanto naquele momento em que vira o estranho. Olhou na mesma direção e o viu parado perto de uma lapide a alguns metros de distancia. Quando se preparava para ir atrás do homem o padre começou a sua reza.
Exu Caveira comedor de carne crua
Espera o seu lá no meio da rua
Portão de ferro cadeado de madeira
O dono da calunga ainda é o Exu Caveira
Exu Caveira comedor de carne crua
Espera o seu lá no meio da rua
Pois o seu povo o chamou pra trabalhar.
A reza não era essa ele tinha certeza. A reza dos diabos penetrou em sua mente como uma faca abrindo caminho através do sangue, ele sabia que havia ali uma verdade que ele não poderia de forma alguma esquecer. Para o seu espanto, ao final da reza, seu velho pai apareceu do nada ao lado padre que se tornou, assim como os outros, uma estatua de mármore e disse:
- Meu filho, ache o culpado, pois seu velho pai foi assassinado. O homem não pode descansar enquanto o mal com o próprio sangue não pagar. Ache o culpado meu filho, por favor.
“ACHE O CULPADO!”
Joaquim acordou com um grito. Permaneceu vários minutos olhando para a parede, no escuro, tentando divisar as formas dos quadros e apagar da memoria a imagem de seu pai com olhos cheios de lagrimas pedindo ajuda.
“Meu pai você foi assassinado? Por deus, quem cometeria esse ato tão hediondo? Prometo a você que vou fazer quem fez isso pagar!”
Levantou com dificuldade, o corpo tremia ainda. Tateou no escuro até achar o interruptor de luz e acendeu a lâmpada do quarto. Silencio mortal. Enquanto descia as escadas não conseguia retirar da cabeça a certeza que o estranho de capa era o assassino. Ele precisava descobrir quem era e por que fez, decidiu perambular pela cidade em busca de respostas no dia seguinte, que seria dali a algumas horas. Caminhou até a cozinha e começou a remexer a geladeira em busca de algo gelado para refrescar quando começou a ouvir os sussurros.
Confuso, parou o que estava fazendo e apurou os ouvidos tentando captar toda a conversa que parecia vir do lado de fora da casa.
“... eu não sabia que ele viria... o maldito não irá me matar pode ter certeza... é nosso direito, ou melhor, o direito e todo meu... eu também te amo... sim partiremos daqui o mais depressa possível... ele deve morrer também!”
Reconheceu imediatamente uma das vozes, era Beatriz! Mas, com quem ela estava falando? Poderia ser o estranho de capa?
Caminhando nas pontas dos pés se dirigiu até a janela que ficava em cima da pia da cozinha e apurou a vista tentando reconhecer os dois vultos que se abraçavam encostados na parede. Antes que eles sumissem na escuridão procurando um local mais reservado, ele ainda pode ouvir uma ultima frase de Beatriz. 
“Eu te amo Baltazar.”
III
No dia seguinte Joaquim acordou furioso com a ideia fixa de colocar Beatriz contra a parede. Encontrou-a lavando a louça.
- Então você amava meu pai não é? – Perguntou furioso de forma que deixou a mulher um tanto assustada.
- Ora mais que pergunta, ele foi o único na minha vida e não quero saber de mais nenhum outro, por que a pergunta Joaquim?
- Eu sei a verdade e você não passa de uma vadia mentirosa! – 
Gritou ele acertando um soco tão forte que a derrubou no chão. Súbito, Baltazar surge abrindo a porta da cozinha com estrondo. Olha para a moça desacordada e para Joaquim em fúria e decide que ele é uma ameaça e parte para o combate.
Em pouco tempo os dois estavam no chão trocando socos e pontapés. Claro que Joaquim levou a pior e logo estava derrotado. Baltazar era um homem forte do campo, acostumado ao trabalho pesado e não podia ser vencido facilmente. Quando Joaquim acordou, estava sentado no sofá com Beatriz ao seu lado colocando gelo nos seus ferimentos. Beatriz carregava uma expressão muito desolada, mas nada de ódio ou mesmo confusão, essa expressão abrandou o ódio de Joaquim.
- Você quer me dizer por que me bateu? – Perguntou Beatriz calmamente tentando disfarçar o medo em sua voz.
- Ontem à noite acordei de um pesadelo terrível e fui na cozinha pegar algo para beber, então, eu a vi aos amassos com Baltazar, planejando uma morte, possivelmente a minha!
- Você está louco! – respondeu sobressaltada derrubando o prato com gelo no chão – Como você pode me acusar de algo tão bárbaro assim! Mas espere, Baltazar! Dessa vez você vai ter o que merece! Baltazar seu macaco maldito, venha já aqui agora!
Algum tempo depois, Baltazar entrou parodiando um grande gorila raivoso.
- Tire esse maluco da minha casa agora, não o quero ver nunca mais por aqui!
Mesmo protestando contra, pois a casa ainda era do seu pai e, portanto, dele, Joaquim foi atirado porta afora com um tremendo golpe no estomago que o fez ajoelhar-se no chão ante a figura de Beatriz que entrou logo em seguida. Entretanto Baltazar lançou para Joaquim um terrível olhar de “você não pode provar nada” e, em resposta, Joaquim lançou de volta um olhar de “eu sei toda a verdade seu macaco sarnento e você vai pagar caro por isso” que fez o pobre Baltazar sentir um frio cortante na espinha.
Sem rumo e ainda dolorido, Joaquim vagou por incontáveis horas pela cidade. Cego aos transeuntes que o olhavam hora surpresos, hora enojados, e quando deu por si estava sentado na escadaria da pequena capela da vila, ao lado da praça. Sentiu alguém lhe tocar o ombro e quando se virou para ver deu de cara com a figura sorridente de um padre, que se sentando ao seu lado perguntou;
- Que houve meu filho você não me parece muito bem.
- Padre meu pai foi assassinado e eu sei quem o matou.
O padre olhou assustado para o rapaz desgrenhado ao seu lado e meditou por algum tempo, então disse;
- Seu pai era um homem muito bom, agora sei quem é, pois olhar para você e como olhar para ele, mas não me entra na cabeça que ele tenha sido assassinado.
- Quem o matou foi Beatriz! – Acusou Joaquim com o ódio a saltar de seus olhos.
- Beatriz? Impossível meu rapaz eu a conheço desde que nasceu!
- E não foi somente ela padre, sei que Baltazar está envolvido e tem outro ajudante, um estranho homem de capa preta.
Joaquim percebeu quando o padre ficou pálido de horror, era como se o santo coração do reverendo estivesse tentando cometer um santo suicídio.
- Homem de capa preta você disse?
- Sim padre, esse homem, eu o tenho visto algumas vezes. Sempre distante e toda vez que vou atrás dele ele escapa, escapa não, ele simplesmente desaparece no ar!
- Hum... Meu filho você é religioso?
- Não muito senhor.
- É uma pena...
- Mas tenho a mente aberta.
- Isso é bom. Entre precisamos conversar, mas antes meu filho preciso te perguntar, você acredita no Diabo?

VI
Eu costumava acreditar que tudo isso não passava de crendice meu filho. Eu era novo quando aconteceu entende? Tinha acabado de concluir o seminário e recebido esta congregação para cuidar. Certo dia, me lembro como se fosse ontem, entrou aqui o senhor Bastião Ribeiro Rocha, o avó de Beatriz.
- Padre, por deus eu preciso de ajuda!
- Se acalme senhor, sente-se aqui e me conte o que aconteceu, por que está neste estado tão lastimável?
- É a minha esposa padre, ela vendeu a sua alma ao demônio!
- Ora meu senhor, você não acredita...
- Mas e verdade Padre! – Interrompeu aflito o senhor – ela matou nossa criança e está nesse momento levando o corpo para o terreiro do Batista!
- Oh meu deus!!
Ainda incrédulo, mas assustado, resolvi acompanhar o homem até o terreiro do Batista, antigo pai de santo da região. Era tardinha e fomos devagar, nos escondendo nas folhagens para não chamar a atenção. A cada metro mais perto que chegávamos do local mais ainda o velho Bastião tremia. Foi com muita dificuldade que consegui convencer ele a continuar a jornada.
Mas eu me arrependeria disso em pouco tempo, por que te juro em nome de deus rapaz, que o que eu vi lá de forma alguma pode ser desse mundo. Foi um abalo tão grande que nunca mais conseguir dormir em paz. Mas estou divagando, deixe-me continuar o relato.
Quando chegamos, encontramos um grupo enorme de pessoas ao redor de uma fogueira entoando cânticos satânicos em honra a um demônio sem coração. Todos pareciam estar em transe cantando e rindo, alucinados. Um homem vestindo uma fantasia feita de palha e fumando um longo charuto entrou na roda e começou a declamar uma oração que ah tantos anos tento esquecer...

“Exu Caveira comedor de carne crua
Espera o seu lá no meio da rua
Portão de ferro cadeado de madeira
O dono da calunga ainda é o Exu Caveira
Exu Caveira comedor de carne crua
Espera o seu la no meio da rua
Pois o seu povo o chamou pra trabalhar.”
Joaquim, para espanto do padre, cantou juntamente com ele esse hino bizarro. Então após algum tempo que mais parecia uma eternidade o padre retomou a sua narrativa.
Tereza, a esposa de Bastião, saiu do barraco logo em seguida carregando algo embrulhado em trapos. Bastião começou a chorar nesse momento e afirmava com toda a verdade do mundo que aquele era seu filho, fiz sinal para que se calasse e então continuamos a observar o insano espetáculo. Quando Tereza se aproximou do grupo a roda foi desfeita. Todos os que dançavam caíram no chão em frenesi, se contorcendo e alguns até mesmo babando.
Meu coração parou quando o homem fantasiado retirou do embrulho o objeto que reconheci ser o cadáver de um bebê, nesse momento eu mesmo já não conseguia conter as lagrimas. Mais então o impensável aconteceu. Depois de proferir umas palavras que não conseguia entender, o homem atirou o corpo as brasas e o fogo ficou azul. Então se abaixou e pegou um livro e começou a fazer uma invocação.
Imagine você, de repente, a noite mais escura se abater sobre tudo. Todos os ruídos foram abafados e até mesmo as estrelas fugiram de pavor, não havia a lua, não havia o ar noturno e até mesmo os animais mais peçonhentos se afastaram com medo. O breu era tão intenso que eu nada mais podia enxergar, mas sabia que Bastião tinha fugido em pânico quando a escuridão se abateu. Essa foi a ultima vez que alguém o viu.
Eu não podia ver com os meus olhos, mas enxergava com a alma e o que eu presenciei me deixou de cama durante seis meses. Não ouso dizer o que era, pois a mente humana, para nossa sorte, não e capaz de descrever o supremo horror que nem temos em nossa língua palavras para tanto. Entretanto, quando retornei do coma, seis meses depois, fiquei sabendo que toda a assembleia profana tinha desaparecido misteriosamente e que, pasmem, o bebê de bastião estava muito bem vivendo com Tereza e que não era apenas um bebê, mas dois, eram gêmeas!
- Gêmeas? Então...
- Sim meu filho, o demônio retornou...
- Mas e o homem de capa preta quem seria?
- Eu tenho uma teoria meu filho. Acho que você não conhece muito sobre a umbanda não e mesmo?
- Nem um pouco senhor, graças a deus.
- Hum, então tentarei lhe explicar. Na umbanda existem seres, espécies de deuses, que segundo os seguidores interferem diretamente em nossa existência. Entre eles existe uma hierarquia, do mais iluminado ao mais baixo. Entre os mais baixos existe o Exu Caveira, o diabo como conhecemos. Eu acredito que o homem que você viu e o próprio, e que talvez ele esteja trabalhando para quem for que esteja controlando essas forças macabras.
- Jacqueline?
- Pode ser, mas ninguém a viu a na cidade. Talvez você a deva procurar no velho terreiro a leste daqui, não e difícil achar e com certeza você não vai se perder se não entrar na mata escura. Siga pela estrada de barro. E que deus o ajude e a todos nós.
VII
O padre estava certo, não foi difícil para Joaquim encontrar o terreiro, que não passava de alguns barracos mal feitos um ao lado do outro onde na frente jazia um circulo estranho feito de pedras. Ele sentiu-se mal ao lembrar-se do golpe que deu em Beatriz, ela não merecia isso e então decidiu que quando descobrisse toda a verdade pediria seu perdão.
Escondido atrás de uma arvore, Joaquim viu um grupo de homens começar os preparativos para alguma espécie de ritual. Para seu espanto, uma mulher que era a cara de beatriz, totalmente nua, encabeçava a fila. E ali ele ficou observando o vai e vem dos trabalhadores, que hora tentavam decorar em voz alta trechos de cânticos. Jacqueline ensaiava uma dança parecida com a dança dos sete véus e ele não podia deixar de ficar fascinado com as curvas de seu corpo moreno nu.
Pensou em sua família, especialmente em sua esposa, e se amaldiçoou por estar traindo ela em pensamento. Ele amava Carla e Rebecca, sua filinha de quatro anos. Então engoliu em seco ao lembrar que talvez, dependendo da noite de hoje, nunca mais as veriam novamente. Resolveu deixar esses pensamentos de lado e se concentrar mais em sua tarefa. Iria se aproximar mais e tentar ouvir algumas conversas.
Lembrou-se que tinha vindo desarmado e esse erro poderia custar a sua vida. Enquanto se esgueirava pela mata, encontrou um pedaço de madeira resistente que poderia usar como porrete. Olhou mais uma vez em volta para saber se tinha sido descoberto e, satisfeito com o fato de que ainda estava protegido, andou em direção ao barraco mais próximo.
Ao se aproximar viu que Baltazar estava discutindo algo com alguém que não respondia. Esgueirou-se para poder observar pela tosca janela e viu que ele conversava com Beatriz, que estava amarrada e amordaçada em um canto.
“Mas como é possivel? Eles não eram amantes?”
Então ao observar melhor, ele percebeu que essa garota era um pouco diferente de Beatriz.
“Meu deus deve ser a Jacqueline, então aquela la fora...”
Subito alguém entra na cabana e chama Baltazar, que contrafeito, resolve seguir esai da cabana. Joaquim entrando pela janela sem o menor ruído, se aproxima de Jacqueline.
- Você deve ser Jacqueline, vim lhe tirar daqui.
A moça assustada respondeu com acenos de cabeça. Procurando em volta ele encontra uma faca em cima de uns tijolos colocados como uma mesa de canto. Corta os nos que envolviam os pulsos e pes da mulher e retira com cuidado o esparadrapo de sua boca.

- O que está acontecendo aqui? - pergunta confuso – não estou entendendo mais nada!
- Beatriz está possuída!! – dizia ela nervosa – ela matou o senhor João e agora pretende invocar algo horrível para cá!
“Então foi ela que matou meu pai? Como assim possuída? Não importa, possuída ou não eu vou me vingar” 
Pensou Joaquim. Entretanto, seus pensamentos foram bruscamente interrompidos quando Beatriz e Baltazar entraram porta a dentro.
- Hora, estava começando a me perguntar se você não viria para nossa festa seu bastardo! – 
Gritou Beatriz, que naquele momento parecia tudo menos humana. Seu rosto desfigurado era o retrato de uma caveira maligna, seu corpo estava mais magro e seus seios eram apenas duas bolas muchas que pendiam sobre a barriga. Andava curvada e seus dedos terminavam em garras de vinte centímetros. – 
É como dizem não é mesmo, tal pai tal filho!
- Maldita, seja você quem for, vai pagar pela morte do meu pai!
A dupla infernal sorria observando Joaquim e Jacqueline como dois ratos que acabaram de serem pegos numa ratoeira.
- E como pretende fazer isso – Gracejou a criatura – não sabe que eu sou Pombajira, a raiha das sete encruzilhadas?
- Por mim você poderia até ser a rainha da Inglaterra e isso não me impediria de rasgar essa sua cara feia!
Dando de ombros, a criatura ordena que Baltazar lhe traga a cabeça de Joaquim e vai em direção a Jacqueline que treme de pavor em um canto. Pensando rápido, Joaquim atira a faca que finca bem no olho esquerdo da entidade bem a tempo de se esquivar de um poderoso golpe de Baltazar, que colocando toda a força no mesmo, acaba se desequilibrando e caindo de cara no chão.
Baltazar levantou-se rapidamente urrando de fúria, tentando desesperadamente acertar inúmeros socos em Joaquim que se esquivava com facilidade. Aproveitando um pequeno erro do adversário, ele acerta o gorila com um potente chute no rosto. Baltazar se desequilibra novamente e cai, mas sem a sorte da queda anterior, indo cair em cima de um ferro exposto da construção mal feita da cabana. Se esvaindo em sangue, Baltazar ainda xinga Joaquim uma ultima vez e morre.
A criatura ainda urrava de dor enquanto ele ajudava Jacqueline a se levantar e pensava em uma forma de contornar a coisa e sair cabana afora. Porém, seu plano estava fadado ao fracasso, pois alarmados pelos gritos da Pombagira os outros que cuidavam de seus afazeres do lado de fora, agora formavam uma parede humana de ódio, tentando matar o intruso e recuperar a garota.
- Jacqueline me desculpe – sussurrou no ouvido dela – mas, eu fiz o melhor que eu podia.
A garota respondeu com um sorriso e um selinho em seus lábios. Ele a sentou no chão e, preparado para morrer, gritou:
“Muito bem coisa feia, pode vir mas se eu for você morre comigo!”
Pombagira retirou a lamina do olhou e a atirou no chão. Respondendo ao desafio começou a se mover ameaçadoramente em direção a Joaquim quando a dois passos dele parou bruscamente.
- Então você também esta aqui Exu Caveira, acha que pode impedir os meus designios?
Uma entidade começou a tomar forma ao lado dois dois, a principio vaporosa e indistinta, levou poucos segundos para assumir a forma do homem de capa preta.
“Você não tem esse direito Pombagira, vim em nome de ogum para lançar-lhe de volta as trevas de onde você veio!”
- Tolo, os astros estão alinhados, quando os meus asseclas completarem o ritual nada pode deter o retorno dos antigos, nem mesmo Ogum!
“Eu não estaria tão certo disso demônio.”


Um estampido, logo seguido por outros se fez ouvir e toda a multidão enraivecida do lado de fora começou a correr. Enraivecida a criatura lançou-se porta a fora para ver o que estava acontecendo. Era o padre e alguns moradores da região que abriam fogo contra os seus servos. Ao ver a criatura o padre surtou e caiu ali mesmo no chão, sendo amparado por dois homens.
Enquanto isso o homem de capa se virou para Joaquim e Jacqueline e disse;
“Obrigado meu filho, agora é a hora de revelar minha verdadeira identidade.”
O estranho retira o chapéu e emocionado Joaquim reconhece seu pai falecido. Num impulso de saudade com amor ele tenta abraçar a aparição que o impede com um gesto e continua a falar.
“Em vida eu fui um tolo. Depois que Bastião conseguiu o seu intento, que era trazer Pombagira para nosso mundo usando o corpo de sua filha Beatriz, foi destruído pela sua cobiça e sua alma atirada no inferno. Entretanto, eu possuído pela mesma cobiça, dei continuidade ao trabalho e casei-me com sua filha. Eu não sabia que Beatriz nunca tinha sido Beatriz, e então fui morto por me opor ao plano de trazer os antigos para esse mundo. Não sabe o que seria do mundo se os acordassem! Depois de morto fui condenado no tribunal dos orixás a vagar como um Exu Caveira para sempre ou então até conseguir impedir Pombagira. Graças ao seu amor por mim, isso foi possivel. Agora antes de nos despedirmos, quero lhe pedir um favor, vá embora e leve Jacqueline com você, pois os céus tem planos para ela. Não se preocupe meu filho esse não será nosso ultimo adeus, e que daqui em diante, esse trabalho é meu.”
Mesmo a contragosto, Joaquim obedeceu ao espirito do velho pai, levando consigo Jacqueline daquele terreiro maldito. Olhou uma ultima vez para trás e viu seu pai se atirando contra a criatura que berrava feito louca, e os poucos servos sobreviventes se entregando sem resistir. Aproveitando uma deixa, eles correram no meio da multidão que combatia um contra o outro e pegou o livro que o homem fantasiado com palha carregava nas mãos. Assombrou-se ao perceber que o titulo era o mesmo do seu sonho e tudo o mais. O livro de São Cipriano.
- Mas o que pretende fazer com isso? – Perguntou Jacqueline assustada.
- Vou dar um fim a esse livro maldito e todos os horrores que ele carrega – 
Atirou o livro no fogo e correu com ela para longe dali.
Naquela noite, toda a cidade foi iluminada pelo clarão azul do fogo que consumia todo o terreiro.
VIII
Alguns dias depois, Joaquim embarcava no ônibus que o levaria de volta para a capital e para a sua família. Despediu-se de Jacqueline que agora estava ainda mais linda com seu vestido branco longo e seu sorriso de anjo. E despediu-se também do velho padre, que finalmente estava curado do seu ataque de pânico de alguns dias atrás e ainda incrédulo, pois julgava Beatriz inocente desde o inicio.
Antes de embarcar deu mais uma olhada em volta e se despediu em pensamento da cidade que tanto amou. Deixou escapar uma lagrima solitária ao lembrar do velho pai e então subiu no ônibus. Para nunca mais voltar.
Estava perdido em pensamentos quando um senhor sentou ao seu lado. Tão magoado estava que nem se quer olhou para o lado para ver quem era, então seu coração se iluminou novamente ao ouvir essa frase.
“Vá em paz meu filho e saiba que eu tenho muito orgulho de você, perdoe o seu velho pai.”
Quando ia se virar para se despedir notou que quem sentou ao seu lado foi uma senhora gorda que ficou encarando ele com ar de confusão. Ele se desculpou e baixinho disse:
“Eu realmente tenho muito orgulho de ser seu filho”
FIM

Reza a lenda que uma garota que era uma estudante de Psicologia , estava no final de seu curso e ficou responsável por pesquisar o comportamento das pessoas nos velórios e enterros . Primeiro , ela estudou teorias sobre este comportamento . Mas depois a estudante resolveu partir para a prática , visitando , discretamente , velórios e enterros de estranhos . O primeiro velório foi de um senhor de idade , que tinha sido um professor famoso . Esta cerimônia foi cheia de pompas e discursos . Porém , uma pessoa em especial , chamou a atenção da estudante : era uma idosa de cabelos brancos , vestida de preto , com uma mantilha negra e antiga na cabeça . A primeira vez que a estudante olhou para esta mulher , teve a impressão de que esta velhinha não tinha pernas e estava flutuando . Porém , depois a estudante olhou , novamente , para esta esquisita figura , viu as suas pernas normais e concluiu que aquilo poderia ter sido uma ilusão de ótica . O segundo velório , visitado pela estudante , foi de uma criança de classe baixa , num bairro muito popular . Esta estudante estava observando o comportamento das pessoas , quando viu , novamente , a estranha senhora do primeiro velório . Então , a acadêmica resolveu olhar para a mulher com mais cuidado . Porém , a velhinha olhou em sua direção e a estudante teve a impressão de ter visto duas estrelas no lugar dos globos oculares desta mulher . Então , a moça pensou que isto poderia ter sido uma bobagem de sua cabeça . O terceiro velório , que graduanda visitou , foi o velório de um empresário milionário , amigo de sua família . Por ser um velório de gente importante , só entrava quem fosse conhecido . A estudante entrou , mas dentro do local , ela teve uma surpresa : a idosa esquisita estava lá também . Assim a estudante também resolveu ir ao enterro deste homem rico e aquela estranha senhora foi junto . Após o enterro , a estudante decidiu seguir aquela idosa esquisita , que ficou algum tempo andando pelo cemitério , até que parou num túmulo marrom . Então , a estudante notou que a mulher da foto do túmulo era aquela mesma velhinha estranha , e , sem querer , soltou uma exclamação : – Ave ! Assim , a idosa olhou para trás e disse : - Ave , minha filha ! Desta maneira , a estudante falou : - Como é possível ? ! A foto da mulher enterrada neste túmulo é a cara da senhora ! Deste jeito , a velha explicou : - Bem , isto faz sentido , porque esta mulher que está aí enterrada , neste túmulo marrom , sou eu … Então , a estudante disse : – Isto não é possível … Só pode ser uma brincadeira , ou , uma alucinação minha … E por que a senhora visita tantos velórios e enterros ?! Qual é a explicação de tudo isto ?Assim , calmamente , a velhinha falou :

- Eu nasci há algum tempo atrás … A minha vida foi indolente e sem graça… Fui filha única , não me casei , não tive filhos e não trabalhei … Eu apenas ficava vegetando em casa … Sem fazer nada por preguiça … Quando meus pais morreram , eu vivi tranquilamente , com a pensão que eles deixaram para mim . Mas , quando eu morri , a primeira coisa que eu vi , foi o filme da minha vida inteira : um tremendo vazio … Em primeiro lugar , um anjo tentou me levar para o céu , mas eles não me aceitaram lá , porque eu não tinha feito nada de útil para a humanidade … Depois , o mesmo anjo tentou me levar para o inferno , mas o diabo não me aceitou porque eu não era má suficiente … Após isto , o anjo me levou para o purgatório , mas o guardião de lá , não me aceitou , alegando que eu não tinha feito nenhum pecado para purgar . Então , apareceu o chefe deste anjo , que falou que o melhor a fazer era dar uma missão útil para mim , como colaboradora da morte .

Assim , a estudante indagou : - E o que uma colaboradora da morte , faz ?

Desta maneira , a velha respondeu :

- Uma colaboradora da morte tem uma missão parecida com a deste anjo : quando alguém morre , ela coloca o filme da vida , desta pessoa falecida , para ela ver e guia a sua alma até muitos lugares como : o céu , o purgatório e o inferno .

Após escutar tudo isto , a estudante desmaiou . No hospital ela contou a história para os enfermeiros, disse que estava vendo o filme da sua vida diante dos seus olhos e em seguida, faleceu.

Fonte: ah duvido

Reinhold Messner, alpinista famoso

Data: 1981
Local: Katmandu, Nepal
O italiano Reinhold Messner, um dos montanhistas mais importantes do mundo, disse ter visto um OVNI "do tamanho de uma lua cheia" por quase três horas durante a escalada no Himalaia.
Em seu retorno à Katmandu após uma tentativa frustrada de 24.248 metros no Monte Chamlang, ele disse que viu o OVNI enquanto ia para o sul de Nepal do Tibete através das montanhas cobertas de neve.

John Lennon


Data: 23 agosto de 1974
 Local: New York City, New York, Estados Unidos
John Lennon alega ter visto um OVNI quando ele estava com seu secretário pessoal, May Pang, em Nova York. Como May Pang narra em seu livro que o "objeto grande e circular e estava vindo em nossa direção".

Tinha a forma de um cone achatado e ainda por cima era um grande, brilhante luz vermelha. Quando chegou um pouco mais perto, era possível ver uma linha ou círculo de luzes brancas que corriam em torno de toda a borda da nave.

  Buzz Aldrin


Data: 18 de julho de 1969
Localização: Desconhecida
Buzz Aldrin: "Havia algo lá fora que estava perto o suficiente para ser observado. Mike (Collins) decidiu que ele poderia olhar no telescópio e pode observar uma série de elipses, parecia uma espécie de forma de L bem fina. Isso não nos diz muito o que era aquilo".

Presidente americano Jimmy Carter


Data: 06 de janeiro de 1969
Localização: Leary, Georgia, Estados Unidos
Jimmy Carter é um dos dois presidentes norte-americanos que disseram ter visto um OVNI antes de se tornar presidente.
"Foi a coisa mais sombia que eu já vi. Era grande, era muito inteligente, ele mudava de cor e era do tamanho da lua. Nós assistimos o objeto por dez minutos, mas nenhum de nós conseguia descobrir o que era. Uma coisa é certa, eu nunca vou tirar sarro de pessoas que dizem ter visto objetos não identificados no céu", disse em um entrevista na época.

Astronauta Gordon Cooper


Data: de 1957
Local: Base Aérea Edwards, Califórnia, Estados Unidos
"Eu tinha uma equipe de filmagem filmando a instalação quando avistaram um disco voador. Filmamos ele voando por cima, até o momento que pairou no ar, era possível ver três pernas como trem de pouso, e lentamente desceu à terra em um leito de lago seco! Foi um disco clássico , prata brilhante e liso, cerca de 30 metros de diâmetro. Era bastante claro que era uma nave alienígena. "

Senador americano Richard Russell



Data: 13 de outubro de 1955
Local: Federação Russa
Senador dos EUA Richard B. Russell, Jr, então presidente do Comitê de Serviços Armados, estava em um trem soviético quando viu uma nave em forma de disco decolar perto dos trilhos. Ele rapidamente chamou seu assessor militar e intérprete para a janela e viram o UFO, além de outro que apareceu minutos depois.

Walter Cronkite, âncora da CBS



Data: de 1950
Localização: Desconhecida
Na década de 1950 Cronkite era parte de um grupo de jornalistas que foram trazidos para uma pequena ilha do Pacífico Sul para assistir ao teste de um novo míssil da Força Aérea.
Um grande disco apareceu em cena. Cronkite disse que o objeto era de cerca de 50-60 metros de diâmetro, cor acinzentada e não tinha meios visíveis de propulsão.
Guardas da Força Aérea correram em direção ao OVNI com seus cães, o disco havia pairaro cerca de 30 metros do chão.

Astrônomo Clyde Tombaugh



Data: 20 de agosto de 1949
Local: Las Cruces, Novo México, Estados Unido
Clyde Tombaugh foi o astrônomo americano que descobriu o planeta Plutão. Em 20 de agosto de 1949, ele observou um OVNI que apareceu como um arranjo geométrico de seis a oito retângulos de luz, com a aparência de uma janela e cores indo do verde ao amarelado, que passou de noroeste para sudeste sobre Las Cruces, Novo México.

Cristóvão Colombo



Data: 11 de outubro
Localização: Oceano Atlântico
Em 1492, Cristóvão Colombo e Pedro Gutierrez, enquanto estavam no convés da Maira Santa, observaram "uma luz brilhando a uma grande distância." Ela desapareceu e reapareceu várias vezes durante a noite, subindo e descendo, com "brilhos repentinos e passageiros".

Edmund Halley, descobridor do cometa Halley



Data: Março,
Localização: Reino Unido
Edmund Halley, o astrônomo que descobriu o cometa Haley, conseguia lembrar de dois avistamentos envolvendo um objeto não identificados. Sua primeira experiência foi em março de 1676, quando viu um "vasto corpo que aparentemente era maior que a lua."
Ele estimou que em 40 metros. acima dele. Ele também declarou que fez um barulho. "Como um barulho de um carro grande sobre pedras." Depois de estimar a distância que percorreu em questão de minutos, ele chegou à conclusão de que se movia a uma velocidade maior do que 15449 kph.

Alexandre, o Grande


Data: 329 aC
Localização: Ásia Central
Registros de Alexandre, o Grande revelam um avistamento de dois grandes escudos de prata, cuspindo fogo em torno de suas bordas. O objeto teria aparecido durante a passagem de um rio. A ação foi tão grandiosa que seus elefantes, cavalos e homens tiveram que abandonar a travessia do rio até o dia seguinte.

Fonte:Arquivo Ufo

A banda Linkin Park acabou de divulgar o clipe de "Powerless", mais um single de seu próximo disco,que se chamará "Living Things". A faixa também faz parte da trilha sonora do filme  "Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros".
O filme tem estreia marcada para o dia 31 de agosto.



O álbum Living Things tem lançamento marcado para o dia 26 de junho.

Fonte:omelete.com